O Paradoxo de Moravec
- hypescience.com
- 30 de jun. de 2016
- 1 min de leitura
Você já deve ter percebido que as pessoas, de uma forma geral, têm dificuldade em resolver problemas que exigem alto nível de raciocínio. Por outro lado, as funções motoras básicas e sensoriais, como fazer caminhadas, não costumam ser um problema. Nos computadores, no entanto, os papéis são invertidos. É muito fácil para os computadores processarem problemas lógicos, tais como a elaboração de estratégias de xadrez, mas é preciso muito mais trabalho para programar um computador para caminhar ou interpretar um discurso com precisão.
Esta diferença entre a inteligência natural e artificial é conhecida como Paradoxo de Moravec.

Hans Moravec, um cientista pesquisador no Instituto de Robótica da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, explica essa observação através da ideia de engenharia reversa em nossos próprios cérebros. A engenharia reversa é mais difícil para as tarefas que os seres humanos fazem inconscientemente, como executar funções motoras. Como o pensamento abstrato tem sido uma parte do comportamento humano por menos de 100 mil anos, a nossa capacidade de resolver problemas ditos abstratos é consciente. Portanto, é muito mais fácil para os cientistas criar tecnologia que reproduz esse tipo de comportamento. Por outro lado, ações como falar e se mover são inconscientes. Ou seja: não temos controle do processo que leva a essas ações – e em muitos casos nem sabemos direito como ele acontece. Por isso é mais difícil colocar estas funções em agentes de inteligência artificial.
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